quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Mais um no xadrez: PF prende investigado na Operação Voucher que estava foragido

A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira o empresário e jornalista Humberto da Silva Gomes, um dos suspeitos de participar de irregularidades em convênios do Ministério do Turismo investigados pela Operação Voucher.
Ele estava nos Estados Unidos quando a operação foi deflagrada, na terça-feira (9), e apesar de ter conseguido um habeas corpus que o liberaria da prisão, não pagou a fiança determinada pela Justiça.

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Segundo a Polícia Federal, Gomes chegou a ser preso na madrugada desta quinta-feira quando desembarcou no Aeroporto Internacional de Brasília. Ele apresentou o habeas corpus, mas na falta de meios previstos em lei para checar o pagamento da fiança fixado pelo juízo de Macapá, foi liberado.

"Posteriomente, a PF verificou junto ao juízo federal de Macapá que não houve o pagamento de fiança e em razão de sua quebra os policiais foram até a residência deles em Taguatinga para cumprir os mandados de prisão", diz nota divulgada pela PF.

O irmão de Gomes, Hugo Leonardo Gomes da Silva, sócio da Sinc Recursos Humanos, outra empresa investigada, também foi preso hoje pela PF por falta de pagamento de fiança.


SUSPEITAS
 
A empresa de Gomes, a Barbalho Reis Comunicação e Consultoria, é uma das suspeitas de servir de fachada para o desvio de R$ 4,4 milhões, dinheiro que seria usado para o treinamento de agentes de turismo em Macapá (AP).

Gomes teve a prisão preventiva decretada e, por estar fora do país, foi incluído na chamada "lista vermelha" da Interpol como foragido.

Em entrevista na segunda-feira (15) ao "Jornal da Record", da TV Record, Gomes confirma ser autor das declarações captadas pela Polícia Federal em que orienta um interlocutor a superfaturar contratos com o governo federal.

"É para o governo, joga o valor por três, tudo vezes três", diz Gomes em diálogo gravado com autorização judicial e publicado pela Folha. (Ouça a conversa)

A Operação Voucher, deflagrada no último dia 9 pela Polícia Federal, investiga um suposto esquema de desvios relacionados a convênio firmado entre a ONG Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável) e o Ministério do Turismo para capacitação profissional no Amapá.


Na ocasião, 36 pessoas foram presas na operação em Brasília, São Paulo e no Amapá, incluindo o agora ex-secretário-executivo do ministério, Frederico Silva da Costa, que estava na pasta desde 2003.
A reportagem tentou falar com o advogado de Gomes, mas não conseguiu contato até a publicação da notícia.

Fonte - Folha Online - 18/08/2011

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