domingo, 6 de novembro de 2011

Nova diretoria da Vale pega carona em projetos sociais da administração anterior

A nova diretoria da Vale S/A pega carona no trabalho da antiga, defenestrada pelo PT sob alegação de que agia como empresa privada, sem se preocupar com o desenvolvimento do país.

Em anúncio publicado hoje no Estado de Minas (06.11.2011), a empresa celebra os investimentos sociais realizados pela antiga direção.

O governo do PT também precisa encontrar outro discurso pra justificar a troca de comando.

 Na discussão sobre os royalties do mineiro, a nova direção da Vale teve a pior posição, a mais arraigada ao lucro, ao invés de se posicionar a "favor do país".

Repetiu a posição da Petrobras na votação dos royalties do petróleo.

Como se vê, sob a égide do PT, a Vale e a Petrobras estão mais privadas e menos publicas do que nunca.

Isso sem falar, nos loteamento de comando patrocinado pelos fundos de pensão estatais controladores das duas empresas e nas tenebrosas licitações por parte da petroleira. 

Anuncio publicado pela Vale S/A que comemora os resultados sociais obtidos pela diretoria anterior, defenestrada pelo PT.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Chuvas não podem irrigar corrupção (Editorial)

Editorial de "O Globo"  

A cassação do prefeito Jorge Mario Sedlacek, expulso do PT, pela Câmara Municipal de Teresópolis, é esperado desfecho da indignada reação da sociedade às denúncias de desvios de verbas — nesta e em outras cidades da Região Serrana do Rio de Janeiro — destinadas à recuperação das áreas atingidas pela enxurrada de janeiro. Mas o impeachment deve servir também como providencial alerta.

Com a chegada do fim de ano e, com ele, do verão, aproxima-se a estação de grandes temporais em todo o estado. É período fértil para políticos, atravessadores de influência e empresários oportunistas tomarem como reféns vítimas de tragédias semelhantes às da serra fluminense e, com a dor delas, incrementar os balcões do toma lá dá cá das grandes negociatas com o dinheiro que, nessas situações, jorra sem grandes controles dos cofres públicos para ajudar municípios atingidos. 

São contundentes as evidências de que, pelo menos em Teresópolis e Nova Friburgo, um duto desviava para um bem azeitado esquema de corrupção verbas repassadas pelo governo federal para a reconstrução das cidades, como revelou O GLOBO em julho.

Diante dos fortes indícios de malversação de dinheiro público, a Controladoria Geral da União, o Tribunal de Contas da União e o Ministério Público Federal abriram procedimentos para investigar como foram aplicados os R$ 100 milhões liberados pelo Ministério da Integração Nacional, cuja destinação até então não havia sido explicada pelas prefeituras contempladas.

No caso de Teresópolis, de acordo com investigação do MPF, base do processo de impeachment de Jorge Mario, os primeiros acertos da heterodoxa divisão da verba enviada à cidade foram feitos numa repartição da própria prefeitura, entre donos de empreiteiras e secretários municipais.

No caso de Teresópolis, de acordo com investigação do MPF, base do processo de impeachment de Jorge Mario, os primeiros acertos da heterodoxa divisão da verba enviada à cidade foram feitos numa repartição da própria prefeitura, entre donos de empreiteiras e secretários municipais.